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domingo, 19 de junho de 2011

Então eu não sou digno? (Mt 10,37-42) (26/06/2011)

        O Evangelho de hoje pode nos levar a um campo minado se não soubermos interpretar bem, de acordo com o contexto em que ele aconteceu.

        Jesus está no meio de um discurso em que prepara seus discípulos para saírem em missão. As palavras são fortes... "Quem ama seu pai, sua mãe, seu filho, sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim."

        Qual é o risco que corro ao querer interpretar esse trecho sem levar em consideração o contexto? É que eu posso chegar a seguinte conclusão: eu não sou digno de Jesus. E já que eu não sou digno mesmo, então... estou perdido!

        Na verdade, nós não somos dignos mesmo. Por vários motivos. Só para citar alguns, o tempo todo estamos colocando outras coisas e pessoas antes dEle na nossa vida.

        Nós dizemos na missa: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo." E Ele diz. Porque Ele nos ama e quer nos salvar. Ele compreende as nossas fraquezas. Ele sabe tudo pelo que passamos e nos perdoa, da mesma forma como nós perdoamos os nossos filhos quando eles erram. Por mais que eles errem, nós continuamos amando, simplesmente porque eles vieram de nós.

        O contexto do Evangelho de hoje determina que interpretação devemos ter dessas palavras de Jesus. Ele estava fazendo um discurso para os discípulos que seriam enviados em missão. Então Ele estava preparando aquelas pessoas para enfrentarem dificuldades pelo mundo afora. Essas palavras eram necessárias naquele momento, se não a mensagem dEle não teria chegado até aqui, hoje. Os primeiros cristãos precisavam da convicção de que estavam se sacrificando para algo muito maior do que eles poderiam imaginar. E Jesus estava inflamando seus corações para que aqueles discípulos não se abatessem. Ainda hoje, esse é o discurso que é lido para os padres, bispos e missionários leigos que decidem dedicar sua vida à missão de evangelizar.

        E nós que não somos missionários? Nós que temos nosso trabalho, nosso estudo, nossa família para cuidar? O que Jesus diz?

        "Quem der, ainda que seja um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade eu vos digo: não perderá a sua recompensa."

        Em 2Rs 4,8-16 é contada uma história para ilustrar essa recompensa. O profeta Eliseu, quando passava pela cidade de Sunam, ceava na casa de um casal de idosos. Certo dia esse casal resolveu construir, no terraço, um quartinho com cama, mesa, cadeira e um candeeiro para quando o profeta os visitasse, pudesse descansar. Eliseu quis retribuir a gentileza. Quando soube que o casal não tinha filhos, chegou para eles e disse: "Daqui a um ano, neste tempo, estarás com um filho nos braços."

        Quem conhece a cultura daquele povo judeu sabe o quanto que um filho é uma bênção.

        Mas e quanto a amar Jesus mais do que pai, mãe, filho, filha, esposo, esposa? O que significa? Significa que em determinados momentos você poderá ser colocado à prova entre o que Jesus ensinou e o que seus familiares querem de você. E vou ainda mais longe: entre o que Jesus preparou para você e aquilo que você mesmo quer para a sua vida. Em outras palavras... quando você tiver uma decisão a ser tomada, sempre se pergunte que caminho Jesus seguiria. Esse caminho sempre será o da Verdade, da prudência, do Amor.

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com

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quinta-feira, 12 de maio de 2011

A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida (Jo 6,52-29) (13/05/11)

         No Evangelho de hoje Jesus continua nos explicando que Ele é o nosso verdadeiro alimento, o pão que desceu do céu para nos santificar e fortificar. Ele fala da  EUCARISTIA que na última Ceia seria instituída.

        A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida.  Jesus na Eucaristia é o remédio de imortalidade, antídoto não para a morte, mas para a vida eterna em Jesus Cristo". E hoje, a transformação do pão e do vinho no copo e sangue de Cristo, é pedida pelo sacerdote, e feita pelo Espírito Santo que irrompe e realiza aquilo que ultrapassa toda palavra e todo pensamento. A mudança  acontece, portanto,  por obra do Espírito Santo.

        Na verdade não é o homem que faz com que o pão e o vinho oferecidos se tomem Corpo e Sangue de Cristo, mas o próprio Cristo, que foi crucificado por nós. O sacerdote, representante de Cristo na Terra, pronuncia as palavras, mas sua eficácia e a graça são de Deus. Isto é o meu Corpo, diz ele. Estas palavras transformam as coisas oferecidas.

        E nós temos fome e sede de comer e beber o corpo e o sangue de Cristo o que deveria ocorrer diariamente. Porque é maravilhoso saber que "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele."   Ao saborear a Eucaristia estamos conscientes de que recebemos o próprio Cristo que se fez nosso alimento. Porque Jesus é o enviado do Pai, e também é Deus poderoso como Pai. Dessa forma, quem  come o corpo de Cristo viverá em estado de graça porque Jesus assim o prometeu. Comemos o pão que desceu do céu para nos alegrar, para nos fazer superar todas as adversidades deste vale de lágrimas. Pois com Cristo venceremos todas as dores, contrariedades e todos os obstáculos que aparecem diariamente no nosso caminhar. Quem está sem Cristo enfrenta grandes dificuldades para superar tudo isso, e pode acabar sucumbindo, entregando, desanimando.

        Aquele que come este pão viverá abundantemente, para sempre, isto é, na vida eterna, sem sentir mais fome nem sede.

        Porém, outros irmãos têm fome natural por falta do alimento e da água, pelos quatro cantos do mundo.  Irmãos nossos que não têm o pão nosso de cada dia, e deveriam ser socorridos pelos outros irmãos que vivem na fartura esbanjando com alegria tudo que lhes sobram. E, infelizmente, essa é uma  das causas da violência, pois o desespero do pobre por não ter o que precisa, o força a tirar do rico o que lhe sobra. Uma parte dos pobres sofrem de deficiências físicas e mentais (pouca inteligência). Também muitos deles são vítimas da injusta gerada pela má distribuição da renda nacional, e da ausência de programas sociais que lhes favoreçam a aquisição de empregos. Porém, infelizmente sabemos que muitos dos que não possuem nada, são vagabundos preguiçosos que não querem trabalhar.

        Prezado leitor, prezado ouvinte. Se isso está acontecendo com você, "Reze e trabalhe." "Reza como se tudo dependesse de Deus e trabalha como se tudo dependesse de você."  A sua parte precisa ser feita por você. A vida é parecida com o aluno que por preguiça não faz a lição de casa ou os seus trabalhos e tarefas pedidos pelos professores. Então o pai ou mãe fazem estas tarefas ou lições dos seus filhos queridos. E ao fazer isso, estão na verdade impedido que os filhos aprendam. Porque eles têm de se esforçarem, para atingir as suas metas. Os pais não devem fazer as lições dos filhos. Senão, além de impedir que eles as façam e aprendam, estão contribuindo com a sua vagabundagem, com a sua preguiça. Você já reparou que Deus não faz a nossa parte, o nosso trabalho, as nossas lições.  Porque nós é que temos de fazer isso.

        Outra fome existente no mundo, é a fome da palavra de Deus. Parece que não, mas muitos esperam ouvir uma palavra que lhe dê esperança, que lhe conforta, que alivia suas dores, uma palavra de fé. Por isso vamos nos empenhar em melhorar os nossos sermões, nossas homilias, nossas palestras, nossos encontros catequéticos, etc. E podemos melhorar REZANDO, E TRABALHANDO. Lendo bastante, fazendo de tudo para seguir aquilo que apreendemos, e nos dedicando ao nosso trabalho de levar de forma cada vez melhor, ou com melhor qualidade, a mensagem de Cristo ao irmão. Pois ele está esperando por isso, pelo melhor de nós, pois ele está faminto e sedento de Deus.   

 

Sal.

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Eu sou o pão vivo descido do céu (Jo 6,44-51) (12/05/11)

        Eu sou o pão vivo descido do céu.

        Jesus está dizendo que Ele é a comida, o verdadeiro alimento da nossa alma. O alimento que comemos para fortalecer e manter o nosso corpo, não nos livra da morte. Porém, o pão descido do céu nos livrará da morte eterna. Nos tornará vivos para sempre.

        É bom que estejamos preparados para receber este pão vivo. E estar preparado é não ter cometido pecado mortal. Se o fizermos, precisamos procurar o sacerdote para nos absolver, para nos perdoar. Ele recebeu o poder de perdoar do próprio Jesus que disse aos primeiros padres: "Aqueles a quem vocês perdoarem serão perdoados..."  E o sacerdote da sua paróquia é descendente dos discípulos, pois Jesus prometeu: "Eis que estarei convosco até o fim do mundo" . É evidente que aqueles discípulos não viveriam para sempre. Jesus estava se referindo à herança do poder que Ele acabara de lhes atribuir.   

        Precisamos buscar o perdão dos pecados mortais, ou o perdão do acúmulo dos pecados leves. Pecados veniais, nós os cometemos diariamente. Porém como somos salvos pela graça de Deus e não pelos nossos merecimentos, contamos com a sua misericórdia, desde que nos comprometemos em nos esforçar para evitar o pecado e fazer o bem.  

        Na verdade nunca estaremos dignos de receber este pão da vida, porém, confiantes no poder do padre de rogar por nós no início da Santa Missa, quando ele faz uma absolvição geral pelo nossos pecados veniais ou leves, ousamos nos aproximar do altar para receber o alimento para a nossa alma, o próprio Cristo o pão vivo descido do céu,  que se ofereceu a nós como alimento.

        Jesus ao dizer que Ele é o pão descido do céu, estaria preparando os seus ouvintes para a instituição da Eucaristia, a qual foi realizada no dia da última ceia com seus discípulos.

        Hoje, como naqueles dias após a última ceia, nós também comemos o corpo de Cristo, o pão vivo descido do céu, na hora da comunhão, porque o sacerdote recebeu de Cristo o poder de transformar o pão e o vinho em seu corpo e seu sangue para o alimento da nossa alma. Para nos fortificar na fé, para nos dar forças contra o pecado, contra as tentações, contra os nossos vícios que nos arrastam para o pecado.

 

Sal.

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Deus quer que todos se salvem (Jo 6,35-40) (11/05/11)

        Esta é a vontade do meu Pai: toda pessoa que vê o Filho tenha a vida eterna.

        Os judeus não acreditavam  na ressurreição nem na vida eterna. Isto porque a Torá não fala nada a este respeito disso. Para os judeus tudo termina com a morte. Não há segundo tempo, nem recompensa ou castigo pelas nossas ações boas ou más. Para ele, esta vida é um salve-se  quem puder. Desta forma, eles podiam aproveitar esta vida do jeito que faziam. Se apropriando dos rendimentos provenientes das arrecadações do Templo.

        Portanto, o fato de Jesus anunciar a ressurreição e a Vida Eterna, foi mais um motivo de revolta por parte dos líderes judaicos.

        Muitos de nós também pensam igualzinho aos judeus.  Viver o presente, porque depois dessa vida terrena nada mais existirá. É por isso que assistimos diariamente a tanta barbaridade. Pois uma grande parcela da população mundial acredita que tudo termina depois da morte, e por isso devem aproveitar todos os prazeres lícitos e ilícitos sem se preocupar com nenhuma conseqüência, muitos menos se estão prejudicando o próximo.

        Que tolice! Aquele que provou ser o enviado de Deus, (e fez isso realizando cerca de mil milagres, pois a maioria deles não foram escritos), nos garantiu a existência da vida eterna e da nossa ressurreição. 

        Caro leitor. O mundo tem sede de Deus, porém busca saciar a sua sede em águas paradas, contaminadas. Não sabem ou não querem saber que só Jesus é a verdadeira fonte de água viva  que elimina a nossa sede para a eternidade!

        Rezemos  para que nesta Páscoa  a água de Jesus lave os nossos pecados, e conduza-nos  à conversão, para que possamos caminhar  em santidade, e pulverizar o mundo com a palavra de Jesus, fonte de água viva.

        Somos  imitadores de Cristo, portanto, não podemos perder nenhum daqueles que se perderam na caminhada   que viraram as costas para Deus, e estão vivendo apenas o presente.

        Deus quer a nossa salvação e nos deixou tudo para isso através de Jesus e da Igreja. Porém, muitos preferem a condenação eterna.

        E isso acontece porque mesmo que a fé seja instintiva, e o desejo de Deus esteja gravado na nossa mente, porque nós fomos criados por e para Deus. Ou seja, nós  viemos de Deus e devemos voltar para Deus. Porém, infelizmente, tem gente que prefere voltar para o demônio, para o inferno.

 

Sal.

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