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terça-feira, 20 de abril de 2010

Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede (Jo 6,22-29) (19/04/2010)

        No evangelho de hoje Jesus faz um convite a você: que trabalhe para o pão que dura a vida eterna.

        Jesus, o enviado de Deus, é o pão do céu, é o pão da vida eterna. E então diz: Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna.

        A partir da multiplicação dos pães, Jesus vai fazer uma longa lição sobre o Pão da Vida. E começa, hoje, por criar em nós a fome de Deus.

        A multiplicação dos pães e dos peixes era também um sinal. Jesus tinha matado a fome àquela gente com o alimento que lhe multiplicara no monte. Mas, o alimento de que eles precisam e que devem esforçar-se por encontrar é Ele próprio, o Senhor, a quem alcançarão pela fé. Acreditar em Jesus e viver dessa fé é alimentar-se com o alimento que leva à vida eterna.

        Como sempre acontece com toda a multidão, o povo alimentado por Jesus até à saciedade com cinco pães e dois peixes queria um deus de uso e consumo, um deus que sirva os nossos interesses e necessidades, um deus comercial que oferece e distribui os seus dons ao capricho do pedido. Este é o deus de uma fé supersticiosa e de uma religião natural, que querem encerrar Deus nos limites dos ritos e das leis culturais, que procuram servir-se da divindade em vez de a servir e adorar.

        Das palavras de Jesus depreende-se que a fé é graça de Deus e, ao mesmo tempo, tarefa e resposta livre do homem à iniciativa e gratuidade amorosa do Senhor.

        Assim trabalharemos pelo alimento que perdura e dá vida eterna, como repetidas vezes disse Cristo: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Sobretudo procurai o Reino de Deus e a sua justiça; o resto vos será dado por acréscimo.

        Porque Jesus se posicionou desta maneira? A verdade é que o povo não estava entendo muito bem "qual era a de Jesus". Jesus se apresenta como o único alimento que nos satisfaz plenamente. Ele se identifica como próprio pão que alimenta a vida eterna em nós: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. Jesus não está falando da sede de um copo de água nem a fome de um prato de comida necessariamente.

        Mas sim, da sede e da fome ou necessidade de se embriagar para fugir ou se esquecer da realidade sofrida com tantas frustrações.

        Porque aquele que se embebe de Jesus igual a uma esponja embebida em água, não terá necessidade de nenhuma fuga alucinante para se sentir bem. Sei da historia  de  uma senhora solteirona e incrédula que quando entrava em depressão, se recuperava fazendo compras.

        Tem gente na mesma situação, que se vinga comendo, e comendo. Outros bebendo uma dúzia de cerveja, e assim por diante. Nada disso adianta porque longe de Deus não existe felicidade. Porque só Jesus mata a nossa sede, e a nossa fome, de querer mais e mais bens materiais, e prazeres de todos os tipos existentes nesta vida passageira.

        Portanto, trabalhe e lute pelo pão que dura à vida eterna e este Pão é Jesus acredite n'Ele. Alimente-se da Sua Palavra, do Seu Corpo e Sangue e terá a vida eterna.

        No meio do cansaço e das preocupações de cada dia façamos uma parada no caminho: o que é que procuramos e o que é que centra a nossa vida e trabalho? Ocupemo-nos no seguimento de Cristo e saboreemos o seu pão que sacia definitivamente a nossa fome de justiça e paz, esperança e amor, silêncio e contemplação, convivência e fraternidade, equilíbrio e maturidade.

        Amém....abraço carinhoso.

 

Maria Regina

mariareginasilvab@hotmail.com

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com



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