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quarta-feira, 31 de março de 2010

Paixão de N. S J. C. (Jo 18,1-19,42) (02/04/2010)

        "Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse."

        Hoje, Sexta-Feira Santa, lembramos o sofrimento de N.S.J.C.  o  qual ficou conhecido como PAIXÃO DE CRISTO. Jesus foi injustamente condenado a morte humilhante de Cruz, tendo que carregar esta mesma cruz como um criminoso qualquer.

        Aqueles que condenaram Jesus, os sumos sacerdotes, não podiam executar a sua morte, pois precisavam  da aprovação do poder romano presente na Palestina, representado por  Pilatos. Tanto Herodes como Pilatos  perceberam que os sacerdotes queriam matar Jesus por inveja, e afirmaram não ter encontrado nenhum crime em Jesus.  Pilatos recebe pressão e foi acusado de estar contra César pelos sacerdotes os quais  alegaram  que se Jesus tinha dito ser rei  isso era estar  contra César.  Sendo assim  Pilatos ficou numa situação difícil, e foi por isso então que fez a cena simbólica de lavar as mãos, como quem não tinha nada mais a ver com o sangue daquele inocente, entregando ou devolvendo Jesus ao poder religioso, aos sumos sacerdotes.

        Jesus era Deus e homem.  O Jesus-homem  sentia dor, fome, frio como qualquer pessoa.  Jesus-Deus sabia tudo o que iria lhe acontecer nos mínimos detalhes.  Foi por isso que  Jesus-Homem ficou muito tenso e suou sangue no Horto das Oliveiras.  Na verdade, o nome exato é TRANSPIRAR SANGUE.

        Você  sabe o dia da sua morte? Nem eu. Isso é bom, ou ruim? É claro que é bom. Imagine que hoje seria o seu último dia de vida e você ficou sabendo disso ao se levantar.  Será que você estaria sentado aí com toda esta calma? Não! Você estaria em PÂNICO! Pânico total e pleno. Já teria telefonado para todos os amigos e parentes,  já  teria corrido atrás do sacerdote para fazer uma boa confissão ou a extrema unção...  e   provavelmente teria também transpirado sangue.  Conclusão. Não saber o dia da nossa morte é uma coisa muito boa, uma dádiva de Deus para que não soframos por antecipação. Como aconteceu com Jesus enquanto homem na noite antes de sua morte. Jesus estava profundamente abalado em sentido psicológico, moral e físico, e foi por isso que o Evangelho diz que Jesus suou sangue.

        Muita gente já deve ter dito ou pensado. Suar sangue! Isso não existe! Que coisa mais ingênua!  Vamos entender o que realmente aconteceu com Jesus naquele momento de grande aflição no Horto das Oliveiras  momentos antes da sua Paixão propriamente dita.

 

JESUS TRANSPIROU SANGUE

         O fenômeno é cientificamente conhecido pelo nome de hematidrose. Hêmato+hidrose hêmato = a palavra é composta pelos radicais gregos: haima (de haimatos), que significa "sangue". Hidrose = suor, transpiração.

        A pessoa quando submetida sob tensão ou ansiedade extrema, as artérias se rompem e o sangue penetra nas glândulas sudoríparas.

        A hematidrose é um fenômeno raríssimo apenas uma fraqueza física excepcional onde o corpo inteiro dói, acompanhada de um abatimento moral violento causada por uma profunda emoção, por um grande medo. Apenas um ato destes pode causar o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas  onde o suor anexa-se ao sangue formando a  hematidrose.  A hematidrose  pode ser mais entendida como uma transpiração de sangue acompanhada de suor.

        Portanto, ler no evangelho que Jesus suou sangue, não se trata de uma coisa ingênua, como alguns pensam.

        Nos Estados Unidos foram registrados mais de 100 casos.  Por exemplo. Pessoas que antes de irem para a cadeira elétrica, sob  forte tensão por saber que iam morrer, transpiraram sangue.

        Pessoas com medo minutos antes da morte,  em caso de naufrágios, tempestades destruidoras, etc. Também transpiraram sangue.

 

        Em seu caminho para o Calvário Jesus-Homem  sofreu muita humilhação e muita dor física e mental, dos quais Ele, enquanto Deus,  poderia ter se livrado num piscar de olhos com mais um milagre daqueles muitos que  fez. Se você reparou, de todos os milagres que Jesus realizou, ele não operou nenhum milagre em benefício próprio. Todos foram para acabar com o sofrimento daqueles que eram excluídos da sociedade injusta.

        Jesus-Deus podia simplesmente através de um gesto ou pensamento,  destruir o chicote que o flagelava,  derreter os cravos que penetraram  em seus pulsos, em fim transformar em  estátuas todos os soldados e os demais homens que o maltratavam. Mais Jesus precisava passar por todo aquele sofrimento. E, em vez de castigar seus agressores, Jesus rezou e pediu ao Pai para perdoá-los, pois se soubessem que Ele era o próprio Deus, não estariam fazendo tudo aquilo.  Essa atitude de Jesus é uma demonstração da imensa e infinita misericórdia e bondade de Deus. Nós também precisamos perdoar as pessoas que são injustas conosco. Pois se elas conhecessem e seguissem os ensinamentos de Jesus, não agiriam dessa forma.

        O Jesus-Homem no momento de desespero sentindo-se abandonado pelo Pai, gritou: "Pai! Por que me abandonastes?      Não. Deus Pai não o abandonou! Foi só uma impressão do Jesus-Homem naquele momento de desespero. Ele tinha de passar por tudo aquilo, mais o melhor estava por vir no sábado. A RESSURREIÇÃO!

        Quantas vezes em nossas vidas nos sentimos abandonados! Na hora que perdemos o emprego, no momento em que desmanchamos o namoro com aquela pessoa que amamos tanto, no momento em estamos envolvidos em um acidente terrível, etc. Não! Deus nunca nos abandona! Nós é que nos afastamos de Deus, e depois colocamos a culpa nele pelas consequências  dos nossos atos  impensados ou irresponsáveis. Além disso, às vezes não entendemos os desígnos  ou a vontade de Deus.  Exemplo. Desmanchar com aquela namorada que lhe fez sofrer tanto, foi bom para você. Hoje você  está bem casado e feliz da vida, enquanto aquela sua ex-namorada seguiu outro caminho que nem vamos comentar...

        Que a Paixão de Cristo perdoe os nossos pecados, e também ressuscitemos e voltemos  à vida da graça como um homem novo, uma mulher nova. Amém.

 

Sal.

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Eu e o Pai somos um (Jo 10,22-30)

        Este texto relata um incidente que acontece na festa da Dedicação do Templo, sob o pórtico de Salomão. Entendamos:

 

- Festa da dedicação

        No ano 164 a.C., Judas Macabeu purificou o templo de Jerusalém e erigiu o altar, profanado três anos antes pelos sírios. Celebrou esse ato com uma festa que durou oito dias, a festa da dedicação, e estabeleceu que esses dias fossem celebrados a cada ano, de igual modo e na sua data própria, ou seja, a partir do dia vinte e cinco, do mês de Casleu, que ao mês de dezembro. Era inverno na região. Esta festa é também conhecida como festa das luzes, em virtude do costume de se iluminar ruas e casas para a festa.

 

- Pórtico de Salomão

        Galeria que se situava ao lado leste do templo, com vista para Cedron. Era o local mais apreciado pelos cristãos e aparece em várias controvérsias entre judeus e cristãos.

 

        Nesta situação, a questão em debate é se Jesus é o Messias. Em sua resposta, Jesus coloca outra questão: Ele é o Filho único de Deus.

        O que mais pode Ele oferecer como prova de que suas obras são feitas por intermédio do Pai e de que essas mesmas obras são a revelação do Pai? Por mais que fale e exemplifique os adversários de Jesus não crêem que suas obras dão testemunho de sua filiação divina. Não podem crer, pois "para crer em Jesus é necessário aderir interiormente a Ele, ser 'do alto' (8,23), 'de Deus' (8,47), 'da verdade' (18,37), 'do número de suas ovelhas' (10,14). A fé supõe uma afinidade espiritual com a verdade (3,17-21; cf. At 13,48+; Rm 8,29s)." (A Bíblia de Jerusalém)

        Jesus encerra a questão revelando o grande e profundo mistério da unidade:

        - Eu e o Pai somos um.

        João pretende mostrar que Jesus é Aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo. Ele próprio é suficiente para substituir a festa da Dedicação.

 

Maria Cecília

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Judas trairá Jesus. Pedro Negará Jesus (João 13,21-33.36-38) (30/03/2010)

        Jesus está mesa com seus discípulos, e conversando com eles diz que um deles o trairá. E Jesus com gesto de carinho,como era o costume naquele tempo, dá um pedaço de pão  passado no molho e aponta o traidor, Judas Iscariotes, e diz: "O que tens que fazer, executa-o depressa." (Jô 13, 27). Judas se retira do local rapidamente, para colocar em prática o que havia combinado com os sacerdotes. Jesus está pronto para entregar. Porém, antes Ele mostra então a maldade de Judas. A atitude de Judas no final seria para o nosso bem, seremos resgatados para vida, e disso Judas não tinha consciência, egoísta como era, pensou só no dinheiro que receberia por trair Jesus. Quem nunca se perguntou porque Judas fez isso? Judas era uma daquelas pessoas que não entendeu, não acolheu a mensagem de Jesus. Ele esperava um Messias guerreiro, glorioso, que os libertaria do Império Romano, que destruiria o inimigo. Porém, como seguidor de Cristo, sabia que ele anunciava um reino de paz, de fraternidade, de justiça, de partilha, e igualdade. Jesus fala também que Pedro o negará. Jesus sofre também por causa desses dois discípulos, porém a traição de Judas glorificará Jesus, o filho do Homem, e será a manifestação plena de seu amor por nós.

        Assim como Judas e Pedro nós também traímos e negamos Jesus, quando pecamos, quando erramos, quando esquecemos de agradecer, ou quando temos vergonha de assumir que acreditamos Nele e somos seus seguidores, e a cada vez que não somos fieis ao evangelho, aos ensinamentos de Cristo. Não vamos aqui condenar e julgar  Judas e  Pedro. Vamos  refletir sobre tudo o que nos leva a negar e a trair Jesus. Refletir também sobre as nossas reações quando somos traídos, excluídos, negados e desprezados, quando sou Judas ou Pedro.

        Tanto Pedro quanto Judas se arrependeram, mesmo tendo sido avisados por Jesus do que fariam, Judas não desistiu da traição e Pedro negou Jesus. Fizeram suas escolhas. Jesus conhecia seus discípulos e suas fraquezas, e da mesma forma ele nos conhece também. Porém, quando reconheceram que tinham errado veio o arrependimento, e cada um teve uma reação diferente. Pedro reconheceu seu erro, sofreu, mas teve muita coragem de voltar e pedir perdão. Judas, também arrependido devolveu o dinheiro, fruto de sua ganância, mas  não teve a mesma coragem pedir perdão, não voltou. Quantas vezes temos a mesmas atitudes. Nos falta coragem para pedir perdão. É difícil reconhecer que erramos, é difícil pedir perdão, como também é difícil perdoar. Ouçamos Jesus, seus sinais de alerta. O Pai em sua infinita misericórdia nos perdoa, nos quer de volta, vamos abrir nossos corações para acolher e amar nosso próximo, como Jesus nos amou e nos ama.

 

Oração:

Pai, faze-me viver em sintonia com Jesus, de modo que meus preconceitos não venham a influenciar minha adesão a Ele. Aproxima-me de Jesus despojando-me de minhas idéias preconcebidas, a fim de que eu possa reconhecer o sentido de sua presença no meio de nós.

 

Um abraço a todos.

 

Elian

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Judas trai Jesus por 30 moedas (Mt 26,14-25) (31/03/2010)

        O evangelho de ontem e o de hoje nos falam da traição de Judas. Hoje, Judas combina com os sumos sacerdotes, o que dariam a ele para que ele lhes entregasse Jesus. Judas aceita 30 moedas para trair e entregar Jesus. A ganância pelo dinheiro foi mais forte, que a opção pela vida. Enquanto a mensagem de Jesus era vida nova, de justiça, de fraternidade de acolhida e de amor, Judas com sua ambição e ganância fez o caminho inverso  ao do mestre. Judas optou pela morte, rejeitando a vida.

        Hoje de que maneira traímos o amor de Jesus por nós? Estamos assumindo nosso compromisso de Cristãos batizados? Ou como fez Judas, que ao perceber que o Reino que Jesus anunciava não era daqui, vamos em busca dos poderosos, para com mais facilidade obter privilégios, dinheiro, poder, o supérfluo e passageiro, desprezando a vida. Ainda hoje e sempre, em qualquer lugar, é no próximo que encontramos Cristo, principalmente nos mais necessitados, nos pobres, nos rejeitados e excluídos, são eles os que mais sofrem por causa da nossa economia opressora, que gera morte e violência. Quem de nós não conhece alguém, que mesmo tendo um emprego, fica sempre em busca de uma proposta de emprego que lhe pague mais? Acreditando que será melhor, será mais feliz, para poder comprar o que quer e deseja. Esse é o nosso mundo hoje. Os jovens buscam a profissão que paga mais. Fazer o que gosta e por amor, e servir a Deus, no mundo de hoje parece não ser o mais importante.

        Porém, nada diminui o amor de Deus por nós. Infelizmente, somos nós que nos afastamos de Deus. Ele está sempre do nosso lado, como Pai amoroso. Estamos na Semana Santa, momento oportuno para vivenciarmos esse amor, aprofundar nossa fé, corresponder o amor do Pai, que em seu Filho Jesus nos livrou, nos redimiu de todos os nossos pecados, se entregando para morrer na cruz. Todos nós cristãos temos compromisso com o projeto de Jesus, cabe nós em nosso dia a dia realizarmos esse projeto de paz, amor, fraternidade, justiça e vida. É dessa forma que não trairemos Jesus, com nossa adesão total ao projeto de Deus, e acreditando que Ele é o Cristo Ressuscitado.

 

Oração:

"Pai, reforça minha comunhão com teu Filho Jesus, de forma que nenhuma atitude minha possa colocar em risco este relacionamento profundo propiciado por ti. Não permitas que eu abuse da condescendência divina. Torna-me suficientemente sensato para perceber a voz do Pai exortando-me a deixar o mau caminho."

 

Um abraço a todos.

 

Elian

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segunda-feira, 29 de março de 2010

“Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo?” (Lc 24,1-12) (04/04/2010)

1ª Leitura (At 10,34a.37-43)

        O discurso teológico de Pedro, narrado por Lucas nos Atos dos Apóstolos, tem sua essência no Antigo Testamento, que evidencia Deus como um juiz imparcial (Dt 10,17). 

        Com um texto que se assemelha a Paulo em Rm 2,10-26 e Gl 2,6, Lucas aplica essa imparcialidade divina à aceitação por Deus, não apenas de judeus, mas também de pagãos, que ajam corretamente.

        Resume a ação de Jesus Cristo, por intermédio de quem Deus deu a todos a boa nova, mensagem de paz. Fala também do ministério, da morte e ressurreição de Jesus, da missão dos apóstolos e recorda o testemunho dos profetas.

        Termina afirmando que todos receberão o perdão, ou salvação, pela fé em Jesus.  

 

2ª Leitura (Cl 3,1-4)

        Neste texto, Paulo fala que pelo batismo morremos para as questões da vida mundana, não espirituais, deixando-nos livres de servir os poderes do mundo. Mas essa liberdade impõe responsabilidade. Por isso, devemos ocupar-nos das coisas do alto, aquelas que se referem à vida espiritual, onde encontramos Cristo, ao lado de Deus.

        Numa referência à esperança da vinda futura de Cristo, fala que quando Ele aparecer para o julgamento, também eles se manifestarão na glória com Ele.

 

Evangelho (Lc 24,1-12)

        Nos relatos da ressurreição somos surpreendidos por discordâncias:

        - havia só um homem, ou anjo, ou dois?

        - Pedro foi ao túmulo sozinho ou com João?

        - Jesus apareceu aos discípulos na Galiléia ou só em Jerusalém?

        - Excetuando-se Maria de Magdala, que aparece em todos os relatos, quais mulheres foram ao túmulo?

        Essas discrepâncias são conseqüência da transmissão oral. Nunca se pensou em torná-las uma história homogênea, pois dão testemunho da autenticidade da experiência vivida. Testemunhas convictas do que viram, ouviram e sentiram, proclamavam a ressurreição e sem se preocupar em revisar o que proclamaram.   

        Lucas fala da descoberta do túmulo vazio, da visita de Pedro ao túmulo e de dois homens com roupas brilhantes.

        Jesus é chamado de "Senhor Jesus", título que lhe pertence por causa da ressurreição.

        Lucas relata a ressurreição sob dois aspectos:

        - de forma ativa, anunciada pelo próprio Jesus: "ressuscitou" (v. 7)

        - de forma passiva, como cumprimento da vontade do Pai: "seja... ressuscitado" (v. 7).  Nesta forma, toda obra de salvação, inclusive a Ressurreição de Jesus Cristo, origina-se em Deus Pai.    

 

Maria Cecília

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A PRIMEIRA MISSA e Judas, o traidor (Mt 26,14-25) (31/03/2010)

         O Evangelho de hoje nos relata dois fatos históricos de fundamental importância para a nossa fé.  Afigura do traidor Judas, e a última Ceia.

        Judas esperava em Jesus um libertador político do domínio romano na Palestina. Depois de constatar que o reino de Jesus não era mesmo deste mundo, revoltado, Judas decide entregar Jesus para o poder local.

        E no último jantar com os discípulos, Jesus já separa o traidor, apontando-o e ordenando-o sem medo, que faça o que tem de ser feito.

        Última Ceia -  O último jantar de Jesus com seus amigos, que hoje seria a última pizza, foi de grande importância, porque neste evento mais triste que alegre, Jesus, sabendo que estava chegando a sua hora, inventou: A missa, a Eucaristia, e o sacerdócio.

        A missa: Aquele jantar na verdade, foi a primeira missa a qual foi celebrada pelo próprio Jesus Cristo, o filho de Deus, e que é repetida todos os dias nos altares do mundo inteiro.

        A Eucaristia: Quando Jesus toma o pão, abençoa e afirma que aquilo é o seu corpo e entrega aos discípulos ordenando-os para que o comam, Ele está inventando a hóstia consagrada ou Eucaristia. Do mesmo modo, quando Ele  toma o cálice de vinho, abençoa-o e assegura que é o seu sangue que será derramado por nós, Jesus está instituindo a Eucaristia completa. O Corpo e o Sangue de  Cristo para alimento da nossa alma.

        Sacerdócio: Finalizando, Jesus, dá aos discípulos e aos seus continuadores, os padres, o poder de também transformar o pão e o vinho no corpo e no sangue de Cristo, quando Ele afirma: "Fazei isso em memória de mim"  Isto é, façam isso para celebrar a minha pessoa, par lembrar a minha pessoa.

        Hoje, quando participamos da Santa Missa, a última Ceia é repetida. Porque  é Cristo, usando a pessoa do padre, é que oferece o sacrifício ( a missa). Cada missa atualiza," re-apresenta" o sacrifício de Cristo e toda a sua vida. Por isso, a oração mais importante  que pode haver é a missa. É Cristo que se oferece ao Pai  e nós nos oferecemos com Ele.

        É por isso que a missa é um sacrifício. Porque ela torna presente o sacrifício de Cristo.  Por  sacrifício  entendemos: o oferecimento de uma vítima, que geralmente era um cordeiro, que era morto e consumido pelo fogo. Na missa, a vítima é Jesus, que é oferecido ( no ofertório). Jesus é vítima e sacerdote. O padre é apenas instrumento. Na missa Jesus não morre. A sua morte é atualizada na celebração, isto é, é mais do que  relembrada. O fato é tornado presente, Cristo na hóstia. Na missa, a vítima,(Cristo) é consumida (comida por nós na comunhão). É indispensável participar bem da missa. Acompanhando as orações e cantos, não me distraindo nem distraindo os outros, comungando (para isso é preciso estar preparado), e levando a missa para casa, para o trabalho, para a escola, etc.

        Quando o padre repete o que Jesus mandou na hora da consagração, a hóstia se torna Jesus vivo. Isso acontece porque Jesus disse. "Fazei e memória de mim"  " Eu sou o pão descido do céu. Quem comer deste pão  viverá eternamente...  

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna...   ... permanece em mim e eu nele"  ( Jo 6, 51.54.56).

"O que come a minha carne, e bebe  o meu sangue, tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.  Porque a minha carne é verdadeiramente  comida,  e o meu sangue é verdadeiramente bebida.  O que come a minha carne, e bebe o meu sangue, fica em mim e eu nele...   ...o que comer a mim viverá por mim...    (Jo 6,48.59) 

        Jesus disse ainda na última ceia:  "Isto é o meu corpo...  ...Este é o cálice do meu sangue"   Por isso é que cremos.  A hóstia consagrada é Jesus inteiro: corpo, sangue, alma e divindade.

         Quem não pode comungar? Que não está preparado. Quem cometeu um pecado grave e não confessou.

COMO FAZER UMA BOA COMUNHÃO:

        Em primeiro lugar, devemos confessar. Depois participar bem da missa. Após engolir a hóstia devemos ter uma atitude de recolhimento e oração em momento de grande concentração e respeito pois Jesus está dentro de nós. É a melhor hora para   pedir, pois Ele prometeu: "Quando estiver em mim e eu em ti, peça o que quiser  e eu te darei".

        Quantas vezes podemos comungar?  Quantas forem as missas que eu participar. Eu só preciso estar preparado, e estar  em jejum uma hora antes da comunhão.

        Na eucaristia Cristo está vivo e presente, portanto a eucaristia nos dá:

Alimento: que  nos fortalece para que possamos combater os nossos defeitos  e evitar as tentações.

Alegria:  A verdadeira felicidade de estar junto de Cristo. O sorriso sincero, otimismo gerado pela confiança em Deus.

União:  Amizade sincera. Pois não existe verdadeira união sem Cristo.

        Na eucaristia Jesus se dá a nós nas espécies de pão e de vinho. Na eucaristia Cristo está misteriosamente presente como alimento.  "O meu corpo é verdadeiramente comida" . Sem o alimento da eucaristia o cristão fica fraco, a atuação  do Espírito Santo nele é menor. Pela eucaristia podemos viver na amizade de Deus dentro de nós, na plenitude da graça, isto é,3 estamos em estado de graça., e na amizade com  Deus e com os irmãos. E protegidos de todos os perigos. Pois se Deus está comigo, quem     poderia contra mim?

 

Sal.

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Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que ele ressuscitara (Jo 12,1-11) (29/03/2010)

         Este evangelho mostra Lázaro depois da ressurreição, convivendo normalmente com seus familiares. Como seria maravilhoso a gente ter uma fé grande e aliviar o sofrimento dos nossos irmãos curando-os, seguindo as palavras de Jesus: " Se tiveres fé podereis fazer tudo o que eu faço". Não nego que já tive algumas experiências impondo as mãos e rezando por algumas pessoas doentes.

        Mas sabem por que às vezes é complicado a gente realizar um milagre?

        Primeiro: A nossa fé não é grande o suficiente. Na hora em que decidimos impor as mãos e rezar pedindo a cura de uma pessoa, não obstante a nossa fé, lá no fundo mesmo a gente vacila e pensa: será que eu mereço mesmo fazer isto? O que esta pessoa pode estar pensando?

        Segundo: Se muitos cristãos saírem por aí realizando curas, com certeza serão processados pelos laboratórios e pela comunidade médica, pois isto é medicina ilegal e concorrência desleal;

        Terceiro: Se muitos cristãos do mundo inteiro impedir a morte de muitas pessoas e ressuscitar outras, ocorrerá um verdadeiro caos na população mundial. Não haverá comida para tanta gente! Precisamos morrer para dar o lugar para outros. E o cristão não deve ter medo da morte, pois embora sejamos índigos, devemos confiar na misericórdia divina, pois seremos salvos pela graça de Deus. Quem tem medo da morte é por que não tem a certeza de para onde vai.

        Ah! Então por que Jesus ressuscitou Lázaro e outras pessoas?

        Jesus precisava provar que Ele era Deus. Note que antes de ressuscitar Lázaro, Ele rezou dizendo mais ou menos assim: "Pai para que todos acreditem que tu me enviastes... ... Em seguida Ele gritou: "Lázaro vem para fora..."

        Mas, caríssimos irmãos: sempre que for preciso e possível, devemos ajudar nossos irmãos que sofrem! Jesus nos deu o poder de cura. Não para a nossa glória, nem para que sejamos fanáticos, mas para que acreditem nEle e para aliviar o sofrimento daqueles que padecem.

 

Sal

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Maria de Betânia: um gesto de humildade, amor e serviço (Jo 12,1-11) (29/03/2010)

        Depois da ressurreição de Lázaro, Jesus passou a viver clandestinamente, mesmo sendo perseguido, pois procuravam Jesus para prendê-lo. Jesus vai à casa de Lázaro, Marta e Maria, que mesmo sabendo do risco que corriam, não tiveram medo de recebê-lo em sua casa e ofereceram a Jesus um jantar. Lázaro que estava à mesa com Jesus, por ter sido ressuscitado, representa a vitória da vida sobre a morte. Marta servia a todos e Maria agradecida por Jesus ter trazido Lázaro de volta a vida, unge os pés de Jesus com perfume e enxuga-os com seus cabelos. Maria é repreendida por Judas Iscariotes, que diz que ela poderia ter vendido o perfume, para dar dinheiro aos pobres. Jesus diz a Judas: "Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre os tereis" (João 12, 8). Vamos tentar entender essa frase.  Naquele momento Jesus faz uma citação do Antigo Testamento, para mostrar a verdadeira intenção de Judas. A Lei diz que o pobre deveria ser acolhido e com ele partilhar seus próprios bens, diferente das intenções de Judas.

        Jesus foi acolhido por Lázaro, Marta e Maria, com carinho, humildade, honra e respeito. Aquela família reconhecia em Jesus o Messias. E com certeza, Jesus deseja ser recebido com esse mesmo carinho, na casa de cada um de nós.  Jesus quer fazer morada em nosso coração. Que tal nos prepararmos, e abrir nosso coração para receber Jesus? Assim como Maria aguardou o melhor e mais caro perfume para ungir com toda humildade os pés de Cristo, vamos buscar transformar nossas vidas e oferecer a Ele o que temos de melhor. Judas rejeita o gesto de Maria, que se fez servidora de Cristo. Ele não reconheceu naquele gesto a gratidão, a fé, a devoção, a aceitação e o amor que Maria tinha por Jesus. Quantas vezes também não fomos mal interpretados? O importante é que Jesus entenderá, aceitará e saberá que estamos oferecendo a Ele o que temos melhor.

        E não podemos esquecer, que Jesus ofertou sua  vida para remissão de nossos pecados, nos aproximando definitivamente do Pai. Ontem, com a Celebração de Domingo de Ramos, iniciamos a Semana Santa, e nós católicos somos convidados a caminhar com Jesus, acolher sua Palavra, a fazer  vontade do Pai, viver a maior demonstração de amor por nós, o amor de Deus por nós, na pessoa de Jesus, seu Filho muito amado, que pela morte de cruz nos libertou de todos os nossos pecados e nosso egoísmo, vencendo a morte.

 

Oração:

"Senhor Jesus, a exemplo de Maria de Betânia, desperta em mim uma amizade autêntica, que me coloque em perfeita sintonia contigo. Que eu saiba demonstrar meu amor a Jesus, servindo os pobres deste mundo."

 

Um abraço a todos.

 

Elian

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domingo, 28 de março de 2010

Sugestões de reflexões para a semana (22/03/10 a 28/03/10)

        Estamos no final do tempo da Quaresma. Domingo já é a celebração dos Ramos, quando Jesus entra em Jerusalém ovacionado pelo povo. O mesmo povo que irá julgá-lo e condená-lo na sexta-feira.

        Para os que ainda não se deram conta que estamos num tempo especialmente preparado para a nossa conversão, lembrem-se que Jesus espera a nossa decisão. Essa é a escolha da nossa vida e não pode ser adiada. Afinal, ninguém sabe quando será o dia que Ele vem... ou que nós vamos.

        Boa semana!

 

Segunda-feira (22/03/10) (Jo 8,1-11)

- Atire a primeira pedra (Sal)

- O pecado do adultério e da mentira (Jailson Ferreira)

 

Terça-feira (23/03/10) (Jo 8,21-30)

- Busquemos as coisas do alto (Elian)

- "Aquele que me enviou está comigo." (Sal)

- Buscai as Coisas do Alto (Jailson Ferreira)

 

Quarta-feira (24/03/10) (Jo 8,31-42)

- Todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo (Sal)

- A verdade nos livrará (Sal)

- Você já foi traído? (Ana Luíza Medeiros)

- É esta liberdade que queremos (Raoni Mendes)

 

Quinta-feira (25/03/10) (Lc 1,26-38)

- Anunciação do Senhor (Elian)

- Maria é avisada de sua missão (Sal)

- A Anunciação (Ana Luíza Medeiros)

- A Anunciação (Sal)

- O mistério da concepção de Jesus (Jailson Ferreira)

- Sabeis qual é o dom mais precioso do homem? (Jailson Ferreira)

- "Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!" (Raoni Mendes)

- Semelhantes a Maria, sejamos servos do Senhor! (Raoni Mendes)

- A eternidade entra no tempo (Humberto Selau)

- Maria, nossa Rainha (Jailson Ferreira)

- Maria: uma lição de Humildade e Fé (José Machado Filho)

 

Sexta-feira (26/03/10) (Jo 10,31-42)

- Jesus é o Filho de Deus, que o Pai consagrou (Elian)

- Por qual dessas obras me apedrejais? (Sal)

- O mundo precisa de Paz (Sal)

- Os frutos da Fé (José Machado Filho)

 

Sábado (27/03/10) (Jo 11,45-56)

- Um só morre pela nação inteira (Elian)

- O pré-julgamento de Jesus (Sal)

 

Domingo (28/03/10) (Lc 19,28-40)

- Domingo de Ramos (Maria Cecília)

- Bendito é o Rei da Paz, que vem em nome do Senhor (Elian)

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com