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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Bem-aventuranças (Mt 5,1-12) (08/06/09)

O termo "bem-aventurado" (no grego makariós, significa também estar "feliz") exprime um estado de felicidade de origem divina. Para entender o texto das bem-aventuranças, será preciso entender o contexto histórico em que ele se fez necessário. Em outras palavras, o que levou Jesus a dizer  aquelas coisas? Acontece que no tempo de Jesus, a escala de valores dos  judeus, era muito parecida com a nossa. Hoje em dia, quais as coisas que damos mais valor? Por exemplo. Qual a profissão que vale mais? Médico, engenheiro etc.  E as que valem menos perante a sociedade? Lixeiro, faxineiro, etc. Assim também, entendemos que: O rico vale mais que o  pobre,  os que moram nos centros das cidades valem mais que aqueles que moram nas favelas, e assim por diante. 

Dizem que em uma cidadezinha do interior do Brasil, uns monges faziam uma grande pregação  missionária.  Certa noite fria, estando eles falando ao grande público, disse o grande e santo orador, ao finalizar sua palestra: Esta noite vai morrer o homem mais importante desta cidade. Isso causou grande comoção social. O fazendeiro mais rico mandou vir um pelotão de vinte soldados do exército para guardar a sua casa a noite toda. O delegado, por sua vez fez o mesmo. Ordenou que fosse aumentado o número dos  soldados que faziam a sua guarda diária. Da mesma forma o Médico mais importante, foi passar a noite com o delegado, e todos eles não dormiram, muito nervosos, andando para lá  para cá.  Ao amanhecer, o rádio local anunciou  a morte do mendigo João Ninguém da Silva, aquele que ficava ao lado da Rodoviária.  O fazendeiro ficou enfurecido, e mandou chamar o monge, pois queria explicações sobre aquela falta de respeito com as pessoas mais importantes daquela cidade. Diante do monge ele esbravejava! Eu sou o homem mais importe daqui!  O monge responde com muita calma: Morreu o homem mais importante para Deus.  

No tempo de Jesus, as pessoas valorizavam assim: quem possuía riqueza, casas bonitas e grandes, eram considerados  (felizes) abençoados, por Deus. Já os pobres,  estavam sofrendo porque Deus os castigavam. Ou Seja, A riqueza era uma bênção de Deus, e a pobreza um castigo.  No Sermão da Montanha, Jesus vira a mesa, por assim dizer, e inverte esta escala de valores,  do seu tempo,  como que diz: Não é nada disso!  Daqui para frente, felizes serão aqueles que choram, que são humildes, que passam fome, que são misericordiosos, que são puros de coração, pacíficos, e os que são perseguidos, etc. Porque serão recompensados, e felizes na vida eterna. Entendeu? Quem chora, quem sofre nesta vida, sorrirá e será feliz na outra vida.  Já aquele que tem muito hoje, não  terá mais nada para receber depois.  O próprio Jesus adverte. Ai de vocês os ricos que têm um sorriso fácil! Vocês vão chorar muito!  Os artistas que receberam aplausos, não terão mais nenhuma recompensa  para receber no céu.  E Jesus vai mais além. Em vez de ficarmos  chorando quando somos injustiçados, caluniados,  principalmente por causa do nosso trabalho missionário, Ele nos aconselha a dar pulos de alegria, porque grande será a nossa recompensa.

"Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós. "

Sal

sal.salvideo@gmail.com

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com



2 comentários:

  1. O texto nos relata sobre a necessidade de sermos humilde, pois Jesus acabou com os privilégios dos ricos e deu prioridade aos pobres diante da verdadeira felicidade.

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