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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Peço licença para contar um testemunho (Mt 13,54-58) (01/05/09)

Vou pedir licença para contar um testemunho a respeito deste Evangelho.

 

Faz 6 anos que me crismei e depois poderia ter ficado como animadora, mas por motivos diversos, como minha imaturidade por exemplo, acabei me afastando desta pastoral. Entretanto, procurei por outros caminhos saciar minha vontade de conhecer a Deus, de servi-Lo. Entrei para o EJC, me apaixonei pela proposta e sempre procurei me dedicar cada vez mais. Senti muito fortemente o chamado de Deus na minha vida e isto fez com que eu procurasse cada vez mais estar perto, conhecer, me encher a tal ponto de transbordar tudo que eu sentia por Deus e mais, tudo que Ele fazia por mim. Mas, como não podemos nos acomodar, rezava sempre para que Deus mostrasse o que Ele queria de minha vida, qual Sua Santa vontade e senti que era tempo de voltar pra Crisma, de servir lá, de tentar ajudar de alguma forma e claro, aprender um novo jeito de evangelizar. Mas, infelizmente, não estou conseguindo ser quem eu sou.

Por mais que eu tente, por mais que eu estude, parece que não é o suficiente, não sinto os corações abertos. Alguns falam que eu preciso ter paciência, humildade para entender que passei muito tempo fora; muitas vezes rezei para que Deus iluminasse esse sentimento no meu coração para eu saber até que ponto era vaidade, mas cada vez mais sinto tratar-se de corações fechados, duros. Fico triste com toda essa situação, porque gostaria de poder fazer mais ali, de ao menos ser eu mesma, de poder falar com o coração acelerado, como fica quando escrevo aqui por exemplo, mas todo tipo de relacionamento são necessárias duas vias. Não que eu saiba mais que qualquer outro, não que eu seja melhor, eu só queria falar de como sou feliz em ser de Deus, de como meu coração inflama como todo Seu Amor. Mas, não posso fazer nada além de rezar, por eles e por mim para que Deus me dê sabedoria para entender Sua vontade e me mostre o que Ele quer verdadeiramente. Para que eu possa ser instrumento sincero e humilde.

 

Quis compartilhar esta história, porque aquelas pessoas me conhecem, sabem de minha dedicação e de que procuro muito me abastecer de Deus para poder falar algo, porém, mesmo assim, não me ouvem, nem por respeito, nem por amor, nem por consideração. Aquelas pessoas conheciam Jesus, viam Seus milagres, sabiam de sua vida santa, mas não receberam Jesus em seus corações e Ele não pode realizar muitos milagres. Não feche seu coração, aqueles que parecem ter menos a oferecer são os verdadeiros escolhidos de Deus. Talvez eu não tenha muito a oferecer, mas o pouco que tenho é com amor. Olhe ao seu lado e não despreze o pouco que seu irmão tem a dar, porque aquele pouco, certamente, é muito com Deus.

 

 

Ana Luíza Medeiros

analu_medeiros_86@hotmail.com

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com



Um comentário:

  1. Ana, entregue a Jesus essa sua dor porque Ele te entenderá como ninguém. Pense como Ele se sentia ao saber que tinha deixado de lado sua divindade para se tornar carne e os de seu tempo não o entendiam. Pense como ele queria que as pessoas enxergassem a Deus como Pai bondoso e misericordioso e muito poucos foram aqueles que realmente o entenderam. Pense nos seus discípulos que passaram 3 anos com ele e mesmo após a ressurreição ainda não acreditavam... Bem, Jesus te entende melhor do que ninguém. Mesmo assim arrisco um conselho de uma sabedoria que o próprio Deus revelou: há tempo pra tudo e não adianta querermos acelerar o amadurecimento ou o crescimento de uma plantinha sem lhe causarmos danos. Então, como Deus têm paciência conosco, assim devemos ter para com os outros. Talvez as pessoas de sua comunidade ainda não estejam prontas pra te ouvir, mas continue semeando porque o Santo Vento de Deus conduzirá essas sementes para "terras boas" que produzirão 30, 60 e 100 por 1 para a sua glória e para a salvação de muitos. Abração de quem te admira de montão! Humberto.

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