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terça-feira, 4 de março de 2008

Será que queremos/podemos libertar nosso irmão? (Jo 5,1-16) (04/03/08)

Será que podemos/queremos libertar nosso irmão?

O Evangelho de hoje nos traz a mente uma palavra muito interessante, que ouvimos constantemente, mas poucas vezes colocamos em prática: O DISCERNIMENTO. Antes de falar sobre esta palavra, vamos refletir um pouco o início da leitura de hoje.

No evangelho, vemos que muitas pessoas esperavam o dia em que o anjo ia vir para movimentar a água da piscina e realizar o milagre da cura. Quantos, dos que estavam deitados, próximo a piscina, necessitavam daquele milagre, ou simplesmente daquela fé que os mantinham vivos? Pois é, hoje muitas pessoas se encontram "às margens da piscina", mas não por deficiências físicas como os cegos, coxos e paralíticos, e sim, por um vazio espiritual. Este vazio aparece quando não encontramos motivos e razões para viver a vida de forma plena. Por isto, Jesus veio nos libertar, de nós mesmos, com sua vida. Dentro de nós existem pecados que nos prendem, nos aprisionam e nos fazem viver às margens da vida esperando sempre por um milagre.

Estando na posição de Jesus, tendo o poder de perdoar os pecados e curar os doentes; o que nós faríamos? Seguiríamos as regras da lei dos judeus, não realizando a cura no sábado e deixando para o "próximo dia útil"? Ou utilizaríamos o "bom senso" e daríamos ao doente uma oportunidade de sentir-se livre após tantos anos? Pois bem, Jesus sabia que era sábado e que não "poderia" realizar curas, mas Jesus não teve dúvidas que libertar o doente de tudo que o aprisionava seria mais valioso que guardar um dia de sábado sem uma ação de piedade. Transferindo tudo isto para o nosso dia-a-dia... Quantas vezes deixamos outras pessoas aprisionadas ao sofrimento, à tristeza e a tantos outros sentimentos ruins, por ser um dia de descanso nosso, ou porque, simplesmente, "não podemos"? Um sábado, domingo ou feriado em que não queremos abrir mão do nosso descanso para libertar um amigo da própria prisão... Bem talvez nosso discernimento esteja sendo parcial demais, em prol dos nossos benefícios.

 

Manuele Jardim Pimentel

manuelejp@hotmail.com



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