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sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Matrimônio e celibato (Mt 19,3-12) (17/08/07)

Matrimônio e celibato

O tema do Evangelho de hoje tem tudo a ver com vocação (tema do mês) e família (tema da semana): matrimônio e celibato.

Jesus é claro nas palavras: “...de modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe.” E ao ser interrogado sobre a lei antiga, Jesus responde: “Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza de vosso coração. (...) Quem despedir a sua mulher – a não ser em caso de fornicação – e se casar com outra, comete adultério.” O termo “fornicação” é designado para matrimônio inválido, que dentre outras causas pode ser assim considerado pela prática de relações sexuais fora do casamento ou entre pessoas que não são casadas.

A maior intenção do casamento é a constituição de uma família: pai, mãe e filhos. A própria igreja já se negou a realizar o matrimônio de casais que não podiam ter filhos, devido a um dos dois não poder realizar o ato sexual por problemas físicos. Sem o ato sexual, eles viveriam como irmãos, e portanto não haveria a união carnal da qual Jesus falou. O outro extremo, como Jesus falou, também invalida o casamento. O ato sexual fora do casamento compromete um pilar básico do matrimônio: a fidelidade conjugal, que é jurada perante padre, familiares e testemunhas.

Marido e mulher são a base da família. E assim como qualquer grupo tem a “cara” do seu líder, a família tem a “cara” dos pais, para o bem ou para o mal. Os filhos herdarão não só os genes, mas tudo o que os pais transmitirem consciente e inconscientemente, de bom e de mau, através das suas palavras, mas principalmente por meio de suas atitudes entre si e para com os filhos.

Como é difícil vermos um casal exemplar hoje em dia... Parece que o amor está “fora de moda” entre os casais... Como é difícil vermos um casal que faça carinhos entre si, em público, e parece que quanto mais vai passando o tempo, mais difícil ainda... É como se fosse um sinal de fraqueza, principalmente para o homem. E a mulher acaba tendo que acompanhar esse resfriamento da relação, e os dois acabam se acostumando... E pra complicar ainda mais, esse “frio” acaba sendo transferido para os filhos... Tudo isso vem passando de geração em geração, até que chegou a nossa vez de tentar fazer diferente...

Às vezes passamos por experiências que não desejaríamos a ninguém. Na hora não entendemos o porquê de merecer tanto sofrimento. Mas acabamos aprendendo que a nossa vida é parte de um plano muito maior de Deus. Que após um grande sofrimento, sempre vem uma grande felicidade. E que a experiência adquirida pelo sofrimento deve servir para ajudar outras pessoas a não caírem nos mesmos erros...

Portanto, essa é a lição de hoje: escolher a vocação do matrimônio ou celibato, e abraçá-la. Escolhendo o matrimônio, saber escolher a pessoa certa, para que os filhos possam viver em uma família onde reine o amor.

Jailson Ferreira
jailsonfisio@hotmail.com

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